Ela é

Ela é dotada de um alheamento e falta de emoção em relação às pessoas.
Que é de se apostar como ela não está tão afim de você.
Mas ela está.
Ela pratica capoeira, lê livros em cima da árvore (não embaixo).
Ela é a única por onde passa a idéia de perseguir uma estreça cadente.
Enquanto todos os outros estão concentrados em realizar pedidos.
Ela não pertence a ninguém porque ela é de domínio público.
Ela insiste e precisa ser livre.
No entanto, a pessoa que aceita os seus termos.
Terá sua profunda admiração e devotamento.
Ela sabe que não é fácil.
Ela é como a borboleta, imprevisível.
Vivendo de acordo com seu próprio código, em sua trajetória singular.
No fim da história, ela sofre de um medo secreto de se apaixonar demasiadamente por alguém.
Seu temperamento, bem como o amor que dedica, é definitivamente impessoal.
Ela ama mais a humanidade do que o ser humano.
Ela não demonstra o que está sentindo muito facilmente.
As palavras com a qual ela se expressa o seu amor, são frustramente limitadas.
É muito comum que ela viva confundindo amor e amizade.
Tamanho seu desligamento com questões de espécies mais quentes.
Ela é a cereja do bolo, porque simplesmente ela não faz parte daquele lugar.
Ela é internacional onde quer que ela esteja.

Um dia tudo acaba.

Quando eu penso no quanto você não estava me fazendo bem, me satisfazendo.
Eu tenho certeza que fiz o melhor para mim.
Obviamente somos muito diferentes.
E nem sempre os oposto se atraem para valer.
Queria que a nossa história tivesse sido diferente.
Intensa e duradoura.
Queria que o carinho e consideração fossem recíprocos, mas não são.
E mesmo com esse sentimento eu não via um futuro com você.
Ainda dói porque é recente.
Minha cabeça está um nó só.
Não sei o que pensar, nem como agir.
É difícil admitir que eu estou fazendo o certo.
"Há males que vem para o bem"
Não vou negar, que eu faria tudo de novo.
Mudei minha vida por você.
Mas eu tinha me esquecido que eu também mudei por mim.
Porque se não foi com você.
Sei que algo melhor está guardado para mim.
Amanhã será um novo dia.
E hoje eu estou aqui.
Te abraçando e sendo forte o bastante pra te dizer.
Que eu te liberto de dentro de mim.
Mesmo que doa, mesmo que seja contra a minha vontade.
Eu já não quero mais isso dentro de mim.
Eu quero sentir o alivío que senti quando eu vi que não estava mais com você.
E não quero me sentir culpada por isso.
Saiba que não lhe desejo mal algum.
Apenas não me vejo mais ao seu lado.
Acabou.

Aqueles Olhos

Foram naqueles olhos azuis, que mais pareciam o oceano.
Que eu me entreguei de coração e alma.
Um sentimento tão profundo, tão nobre.
Os lábios dele tocou o meu apenas por um dia.
Um dia que vale por todos os que eu vivo hoje.
Lábios que a muitos anos eu desejava.
E que nunca pensei que fosse possível encontrar com os meus.
Foram anos esperando que aqueles olhos de oceano me notassem.
E quando me notou, me notou em um tempo de mudanças.
Mas um desejo que por anos vivia dentro de mim,
Despertou quando eu abri a porta daquele carro.
E quando, anos depois, nossos olhos se encontraram novamente.
Eu sabia que seria apenas um almoço, para um beijo e para uma cena de amor.
No momento eu deixei minha timidez me cegar.
Mas quando eu parei pra pensar que era aquilo o que eu sempre quis.
E aquilo estava realmente acontecendo.
Eu derrubei todos os muros, tudo o que me impedia de fazer aquele dia perfeito.
Porque eu só teria aquele dia e aquele momento.
Então eu resolvi o eternizar e deixar na minha memória.
Aqueles olhos azuis fazia despertar o que há de melhor em mim.
E por um breve momento eu queria que ele não estivesse partindo.
Que aquele momento se repetisse por todos os dias.
Talvez fosse o destino me falando que aquilo não daria certo.
E hoje, toda vez que eu vejo uma foto sua.
Eu me lembro do nosso dia e como eu morro de saudades,
Do seu beijo, do seu cheiro, o modo como você tocava o meu corpo.
Eu só espero que aqueles olhos, apesar da enorme distância,
Quando virem uma foto minha, também lembrem de como o nosso dia foi especial.
E que esse dia ficará eternamente gravado em seu coração.

O fardo da dor

Eu queria simplesmente poder deixar a dor de lado.
Ignorar o fato de que eu não sou tão especial quanto eu achava que fosse.
Levantar de cabeça erguida depois das quedas que a vida me deu.
Mas não consigo deixar de lado o que eu to sentindo.
É muita dor, e ignorá-la não faz parte do meu caráter.
E só eu sei como esse fardo é pesado.
Pedir para alguém dividir esse fardo comigo, é pedir demais.
Me isolar é errado, mas é o único jeito que eu conheço.
De fazer a dor diminuir, pra guardar dentro de uma caixinha.
Uma caixinha que eu vou guardar em uma parte pouco acessada do meu coração.
E voltar a viver de novo.
Voltar a sentir vontade de estar perto das pessoas que eu gosto.
De sair, de fazer zuera.
Pouquíssimas pessoas sabem o que estou passando.
Pouquíssimas pessoas largariam o que estavam fazendo, só pra poder ser o meu ponto de equilíbrio, quando eu não aguento mais guardar tudo isso dentro de mim.
Pouquíssimas pessoas não, nenhuma.
Eu já tive pessoas que estiveram lá por mim, mas essas pessoas estão muito longe.
E as que estão próximas, não são tão próximas como eu achava.
Taí, quando estamos em um momento difícil sabemos distinguir quem está ai pra você e quem só finge estar.
Não quero que essa dor se transforme em raiva.
Que essa raiva se transforme em revolta.
E que essa revolta se transforme em indiferença, só quero que passe logo.
E isso só depende de mim.

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