Uma dor para chamar de minha.

Hoje entendo porque o dinheiro não trás felicidade, pode parecer nada a ver, mas há 2 anos conquistei algo que achava que nunca iria acontecer na vida. Eu seria aquela que nunca iria conhecer aquele tipo de amor, até que conheci. Por 10 dias eu senti esse amor intenso, que me fez criar esperanças de novos dias como aqueles e criar - claro - dezenas de sonhos e expectativas. 

O tempo foi passando, aquele amor que por 21 anos eu nunca conhecera, foi dissipando sem que pudesse perceber. E eu, sonhadora do jeito que sou estava agarrada nas minhas doces ilusões.

Pouco a pouco aquele amor foi diminuindo e quando o assunto dinheiro entrou em questão, viiish...aí mesmo que acabou. E a ficha caiu! Caiu junto com todos os meus sonhos, todas as minhas expectativas. E olha que eu tentei, lutei e esperei.

Uma parte de mim foi tirada a força, pelo cansaço. Afinal, quem gosta de ganhar a sobra da sobra? Hoje esse "amor" me deu mais problemas do que carinho. Me derramou mais lágrimas, do que arrancou sorrisos.

Aprendi desde sempre que devemos respeitar nossos pais, os valorizar. Mas será que os pais também não deveriam respeitar e valorizar os seus filhos? Se um dia eu tiver mais de um filho, eu espero imensamente não cometer o mesmo erro que cometeram comigo e poder amar todos igualmente.

Parece até história de novela né? Mas isso é a vida real, a minha vida.

Prazer, meu nome é Yandra, a primeira e única filha no meio de 6 irmãos. A única que cresceu sem saber o que é amor paternal e a única que nunca ganhou um presente do pai no dia do próprio aniversário e só foi conhecer o mesmo aos 21 anos de idade. 

E o resto, bom...o resto vocês já tem uma noção!


Observação da autora: não sei se doeu o corações de vocês ao lerem isso. Não sei se você é pai ou mãe, filho ou filha, mas eis que eu vos imploro a nunca, jamais fazer o(s) filho(s) de vocês passarem pelo que eu passo, amem a todos de forma igual e justa. É o mínimo que, nós filhos, merecemos.